Nas últimas semanas o Covid-19, também
conhecido como o novo Coronavírus, tem impactado o mundo e a vida de todos os
seres vivos, se tornou uma pandemia que não tem precedentes na história, cujos
efeitos estão sendo discutidos diariamente pelas comunidades científicas,
políticas e econômicas. O que conhecemos cientificamente é apenas uma parcela
dos vírus existentes no meio natural, mais da metade das doenças infecciosas
emergentes que afetam os seres humanos vem de origem zoonóticas e mais de dois
terços são originários da vida selvagem.
A real culpa dos surtos pandêmicos
deriva da ação humana e não dos animais que, por sua via, são apenas
hospedeiros e os culpar é um erro. Assim como a febre amarela não foi e não é
causada pelos macacos, o novo coronavírus não pode ser atribuído aos morcegos,
a presença de um vírus no animal é que assegura a não transmissão aos humanos,
o que só vem a ocorrer quando há uma interferência antrópica sobre estes
animais.
Esta pandemia também causou grandes
impactos positivos e negativos no nosso planeta, há menos poluição sonora nos
centros urbanos e também menos emissão de gases estufa que contribuem para as
mudanças climáticas, também há menos efluentes líquidos em rios e nos oceanos.
A qualidade da água no canal de Veneza melhorou muito sem o tráfego de barcos,
no Japão e Tailândia, vários animais são encontrados andando nas ruas, efeitos
do desaquecimento das atividades econômicas nos países atingidos já estão sendo
sentido com restrições na produção industrial e no deslocamento aéreo e
terrestre. Na China houve uma queda de pelo menos 25% na emissão de dióxido de
carbono, a Itália, Nova York, França e toda a Europa seguem com a mesma
tendência. O Brasil não fica de fora, São Paulo e Rio de Janeiro também
melhoraram a qualidade do ar, o nível de poluição do ar vem afetando a saúde cardiopulmonar
em geral, portanto, menos poluição em meio a esta pandemia, só pode ser bom,
além disso com o ar menos poluído, há uma menor propagação do vírus em
partículas de poluição, alguns especialistas acreditam nesta teoria, embora a
produção de eletricidade e as relacionadas á habitação não estão diminuindo,
pelo contrário está havendo um grande número de desperdício o que gera
preocupações.
A Associação Brasileira de Empresas de
Limpeza Pública e Resíduos Especiais acredita que, por conta do isolamento e
distanciamento social nesta quarentena haverá um aumento significativo na
quantidade gerada de resíduos sólidos domiciliares, pelo menos 25% e de
resíduos hospitalares de 10 a 20 vezes mais, sem falar no desperdício de produtos
e alimentos em razão da histeria coletiva sob o risco de desabastecimento.
Sem falar que o vírus enfraquecerá os
investimentos globais em energia limpa e os esforços das indústrias e, reduzir
as emissões, bem como a queda do preço do petróleo, que é maior dos últimos 30
anos.
É tempo de mudanças e de reflexões, todos
deveram estar abertos e preparados aos novos caminhos que estão surgindo em
meio á pandemia, cuidar da saúde, se proteger e ao próximo, devem ser
prioridade, mas não podemos nos esquecer de também cuidar do nosso meio
ambiente e planeta, afinal sem ele não existiremos.
Por: Sândyla Brenda – Assessora Jurídica
e Comunicação do INAMA
FONTES:
BBC, Folha Uol, Agência Brasil e Direito Ambiental.com
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