terça-feira, 31 de julho de 2012

Internautas navegam pela Amazônia

Atlas inclui principais atividades produtivas da região, empreendimentos de infraestrutura, áreas protegidas, clima e tipos de solo, entre outras informações.

Sophia Gebrim

Pesquisadores, estudantes e gestores públicos contam com uma ferramenta a mais para análises ambientais e territoriais na Amazônia Legal. Está disponível para consulta, a partir desta segunda-feira (30/07), o Atlas Interativo do Macrozoneamento Ecológico-Econômico (MacroZEE) da Amazônia Legal. O Atlas é um software interativo que permite ao usuário acessar as informações utilizadas na elaboração do MacroZEE da Amazônia Legal, selecionando e cruzando os dados de seu interesse, como as principais atividades produtivas da região, empreendimentos de infraestrutura, áreas protegidas, clima e tipos de solo, entre outras informações.

A ferramenta, que é gratuita, foi desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e elaborada a partir do I3Geo (Interface Integrada para Internet de Ferramentas de Geoprocessamento). Possui interface com todo o catálogo de informações disponíveis no I3Geo do MMZ, de outros órgãos públicos e com os sistemas Google Maps e Google Earth.

INTERATIVIDADE

"É uma ferramenta interativa com grande potencial de utilização em trabalhos escolares, pesquisas acadêmicas e formulação de políticas públicas", explica o gerente de Zoneamento Ecológico-Econômico da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Bruno Abe Saber Miguel.

Ele detalha que, para auxiliar os usuários na utilização do Atlas, é possível acessar o próprio documento-base do MacroZEE da Amazônia Legal e, na aba "Ajuda" do Atlas, localizada no canto superior direito da página, existem tutoriais e manuais com instruções de passo a passo para as diversas funcionalidades da ferramenta.

Instrumento de planejamento concebido com o objetivo de assegurar a sustentabilidade do desenvolvimento da região, indicando estratégias produtivas e de gestão ambiental e territorial em conformidade com sua diversidade ecológica, econômica, cultural e social, o MacroZEE da Amazônia Legal foi elaborado em parceria com diversos ministérios e os estados da região, com ampla participação social e instituído pelo decreto federal nº 7.378/2010.

Por fim, o gerente aponta que, além da ferramenta complementar informações para elaboração de pesquisas, estudos e levantamentos, "a divulgação dos dados e informações que integram o MacroZEE da Amazônia Legal atende previsão contida no decreto que o institui e incorpora os princípios e diretrizes presentes na Lei de Acesso à Informação".
Conheça o Atlas Interativo do Macrozoneamento Ecológico-Econômico (MacroZEE) da Amazônia Legal: www.mma.gov.br/atlaszeeamazonia   

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sociobiodiversidade dá lucro


Venda de alimentos, cosméticos e artesanato produzidos de forma sustentável por povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares negociou R$ 300 mil na Rio+20.

Carlos Américo
Da SEDR

A Praça da Sociobiodiversidade gerou o comércio de mais de R$ 300 mil em venda direta e negócios futuros de alimentos, cosméticos e artesanato produzidos de forma sustentável por povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares. O espaço foi instalado na Arena Socioambiental, de 16 a 22 de junho, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

Parte da estratégia do Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB), a Praça reuniu 24 expositores, entre cooperativas, associações, institutos, organizações e programas, representando o trabalho de mais de 15 mil famílias dos biomas amazônia, caatinga, cerrado e mata atlântica.

Para a diretora do Departamento de Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente 9 (MMA), Cláudia Calório, a Praça da Sociobiodiversidade é um dos poucos espaços em que de fato são apresentados produtos concretos da relação do homem com a natureza. A maioria dos expositores foi apoiada pelo MMA na estruturação de sua cadeia produtiva. É o caso do grupo Encauchados da Amazônia, que teve início no Acre e hoje já está em outros estados da Região Norte, confeccionando assentos de cadeira e jogos americanos, dentre outros produtos feitos com látex.

PARCERIA

Esta foi a terceira edição da Praça da Sociobiodiversidade. Realizada em parceria entre o MMA e os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA), o espaço tem o objetivo de ampliar o mercado regional e divulgar empreendimentos que trabalham com produtos extrativistas dos biomas brasileiros.

De acordo com a assessora técnica da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Hétel Santos, a feira superou todas as expectativas e que fizeram bons contatos. "Alguns já estão fechando novas entregas", disse.