terça-feira, 30 de maio de 2023

Ibama destrói aviões e pistas de pouso que davam suporte a garimpos ilegais no Pará

 

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 A operação Acupary, realizada pelo Ibama e pelo ICMBio na sexta-feira (26/5), desmantelou ação criminosa que dava suporte a garimpos ilegais realizados em terras protegidas e em unidades de conservação, no Baixo Tapajós, no Pará.

A atividade ilícita ocorria ao longo da BR 230, onde quatro pistas de pouso improvisadas eram usadas para o crime. No local, a equipe de fiscalização do Ibama apreendeu cinco aeronaves, três camionetes, 42 mil litros de diesel para uso de máquinas de mineração, 1.600 litros de gasolina de avião, uma pistola com numeração raspada e uma carabina.

As quatro aeronaves foram totalmente modificadas pelos criminosos para atender ao transporte de carga para os garimpos. De acordo com os fiscais, essas modificações em aeronaves colocam em risco a navegação aérea, o meio ambiente e as comunidades que já vivem acuadas pelos garimpeiros na região.

O Ibama iniciou as ações percursoras para executar a atividade de garimpeiros na comunidade da TI Munduruku, conforme determinado pelo STF no âmbito da ADPF 709.

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Nessa primeira fase, a operação atacou as pistas de pouso que apoiam a linha de suprimento dos garimpos clandestinos no interior da TI Munduruku e das Unidades de Conservação Federais localizadas às margens da BR 230.

O Ibama identificou ainda que dezenas de aeronaves que operavam na TI Yanomami migraram suas atividades para a bacia do Tapajós após o início da operação Xapiri, que combate o garimpo na TI Yanomami desde fevereiro de 2023.

Um trabalho incansável de combate ao crime

A aviação de garimpo possibilita maior alcance das frentes de expansão da mineração ilegal, aumenta a velocidade da exploração e é a atividade mais representativa do grande volume de capital aportado nessa atividade ilegal. Além disso, a aviação de garimpo expõe à população a graves riscos de acidentes aéreos.

O combate a esse tipo de crime é estratégico para o Ibama no estancamento da mineração ilegal em áreas protegidas, pois impede o maior alcance dos criminosos dentro dos territórios e a abertura de novas frentes de exploração em áreas mais remotas e que não são atingidas por terra ou pelos rios. As aeronaves também são instrumentos de difícil reposição, considerando que seu comércio passa por maior controle do que outros equipamentos utilizados no garimpo, como escavadeiras hidráulicas ou motores estacionários.

O Ibama investiga ainda as rotas de fornecimento do combustível de aviação para aeronaves empregadas no garimpo. Visto que o combustível de aviação é produto controlado pela ANP e o seu comércio irregular também é considerado infração ambiental.

Por que o Ibama inutiliza todo o material dos criminosos?

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Os equipamentos provenientes dessa apreensão na BR 230 foram inutilizados devido à impossibilidade de retirada dos bens do local. Os aviões utilizados na linha de suprimento da mineração ilegal não possuem registros de manutenção, a real condição operacional é desconhecida, sendo inviável sua retirada por meio aéreo sem expor a integridade física dos servidores e dos moradores da região.

Já por terra, a retirada desses equipamentos implica na passagem por diversos pontos de controle das organizações criminosas, onde os servidores correm grande risco a emboscadas ou a outras tentativas de impedir que a fiscalização ambiental conclua o transporte dos bens.

Tendo em vista a exposição dos servidores e da própria comunidade do local, a inutilização dos equipamentos se faz necessária. A ação enquadra-se na hipótese legal e apresenta-se como única alternativa razoável.


FONTE: IBAMA

terça-feira, 23 de maio de 2023

Ministro da Agricultura declara emergência zoossanitária devido à Influenza Aviária no Brasil


O Ato vale por 180 dias e é mais uma medida do Mapa para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana

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    O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) - H5N1 - em aves silvestres no Brasil. A medida foi publicada na edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira (22), na Portaria nº 587.

    O Ato vale por 180 dias e é mais uma medida do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.

    “A declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais - nas três instâncias: federal, estadual e municipal - e não governamentais. Todo esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessário para executar as ações de emergência visando a não propagação da doença”, explica o ministro Fávaro.

Novos casos confirmados

    Na tarde desta segunda-feira (22), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no estado de Espírito Santo, que estavam em investigações desde a semana passada.

    As aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória.

    Até o momento, são oito casos confirmados em aves silvestres, sendo sete no estado do Espírito Santo (três ainda aguardando o sequenciamento), nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim, e um caso no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. As aves são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).

    O Mapa segue alertando a população que não recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe.

    Não há mudanças no status brasileiro de livre da IAAP perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial. 

Feiras com aglomeração de aves

    A Portaria nº 587 também prorroga, por tempo indeterminado, a vigência da suspensão de realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

    A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.

Centro de Operações de Emergência

    Também nesta segunda-feira (22), a Secretaria de Defesa Agropecuária se articulou para instalar o Centro de Operações de Emergência (COE) para coordenação, planejamento, avaliação e controle das ações nacionais referente a influenza aviária.

    O grupo será responsável pela coordenação das ações de prevenção, vigilância e cuidado com saúde pública, bem como a articulação das informações entre outros ministérios, órgãos, agências estaduais e setor privado.


FONTE: Ministério da Agricultura

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Ibama suspende cinco planos de manejo florestal fraudados no Amazonas

 

Foram bloqueados mais de 106 mil metros cúbicos de madeira ilegal

Imagem à direita: exploração florestal constatada.

Imagem à esquerda: exploração florestal informada no Sinaflor.

        O Ibama suspendeu cinco Planos de Manejo Florestal Sustentáveis (PMFS) irregulares no município de Lábrea (AM) por fraudes no Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor). Além das suspensões, cerca de 106 mil metros cúbicos de madeira ilegal foram bloqueados e estão com a comercialização impedida. Seriam necessários 5 mil caminhões para transportar toda essa carga, cujo valor é estimado em R$ 3 milhões. Os agentes ambientais aplicaram seis autos de infração, que totalizam R$ 56,8 milhões.

        As fraudes foram constatadas a partir da análise de imagens de satélite e dados das transações de madeira no Sinaflor. A mais comum é a transferência de créditos virtuais de madeira do plano de manejo para as serrarias, sem que a extração de árvores tenha ocorrido naquela área. Essa prática visa acobertar madeira explorada ilegalmente em outros locais, como terras indígenas, unidades de conservação e áreas não autorizadas.

        As fraudes foram confirmadas por técnicos da Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas do Ibama que realizaram vistorias em planos de manejo e constataram que parte do volume de madeira informado no Sinaflor não havia sido extraído naqueles locais, entre outras irregularidades.

        Além de ser um dos campeões do desmatamento, Lábrea se tornou o maior produtor de madeira nativa no Amazonas. De 2020 a 2022, a exploração autorizada em planos de manejo corresponde a 692,8 mil metros cúbicos de toras. Cerca de 85% de toda a madeira explorada no município é comercializada por empresas de Porto Velho (RO), principalmente nos distritos de Vista Alegre do Abunã, Extrema e Nova Califórnia, grande polo madeireiro da região.

        A ação, realizada com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), faz parte da Operação Metaverso, conduzida pelo Grupo Especializado de Fiscalização de Fraudes no Sistema de Controle Florestal (Gedof). Já foram bloqueados mais de 1,3 milhão de metros cúbicos em créditos virtuais no sistema de controle florestal, o equivalente a 65 mil caminhões carregados. Mais de 300 empresas com indícios de irregularidades estão sendo investigadas em todo o país.



FONTE: IBAMA



quinta-feira, 4 de maio de 2023

Governo autoriza concurso para o MMA com 98 vagas

 

Seleção é para o cargo de analista ambiental. Estão previstos também concursos para o Ibama e o ICMBio. 


FOTO MMA FACHADA.jpg(Foto: Eduardo Queiroz/MMA)

    O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) recebeu autorização para realizar concurso público. Serão abertas 98 vagas de analista ambiental, cargo destinado a quem tem nível superior em qualquer área.

    O aval do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira (2/4).

    A remuneração inicial é de R$ 9.475,72, já considerando o reajuste linear de 9% para todo o funcionalismo a partir de 1º de maio, previsto na Medida Provisória 1170/23, assinada pelo presidente, e o auxílio-alimentação de R$ 658,00.

    De acordo com a portaria do MGI, o edital será publicado em até seis meses, ou seja, até novembro. As provas serão aplicadas dois meses após a publicação do edital, até janeiro de 2024. Acesse a portaria completa aqui.

    A realização de concurso para o MMA é parte das ações de recomposição do quadro de pessoal da área ambiental federal. Também estão previstos concursos para o Ibama e o ICMBio.

    O último concurso do MMA ocorreu em 2010. Desde então, parte dos analistas se aposentou ou foi transferida para outros órgãos, causando déficit de pessoal. O quadro se agravou nos últimos quatro anos, com o desmonte da gestão ambiental.

    As 98 vagas representam 23% dos atuais 425 analistas ambientais que estão na ativa no MMA, ou seja, quase um quarto do total. O aumento do quadro de analistas é fundamental para viabilizar as ações do MMA.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente