domingo, 24 de abril de 2016

Ibama recebe Prêmio Hugo Werneck por projeto de manejo do pirarucu no Amazonas















Brasília (08/04/2016) – O Ibama recebeu no último dia 23/03 o Prêmio
 Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza, na categoria Melhor
 Exemplo em Fauna, pelo Projeto Pirarucu, que realiza o manejo da espécie
 Arapaima gigas desde 2000 no estado do Amazonas.
Com o apoio de institutos de pesquisa, órgãos municipais, estaduais, federais
 e populações ribeirinhas, o Ibama autoriza e monitora o manejo do
 pirarucu no Amazonas, iniciativa fundamental para manter o equilíbrio
 ecológico, assegurar a recuperação do estoque da espécie e promover 
o desenvolvimento econômico das comunidades ribeirinhas. Só na Reserva
 Mamirauá é verificado um aumento médio anual de 25% na população do peixe.
 A renda resultante da pesca também cresce, em média, 29% ao ano.
Nos anos 60, a Igreja Católica, já preocupada com a pesca indiscriminada,
 iniciou um trabalho de base com as comunidades ribeirinhas, mostrando
 a importância da conservação da espécie. Atualmente o pirarucu está na
 lista da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e
 Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites) e, desde 1996, sua captura
 está proibida no Amazonas. A pesca só é autorizada por meio de manejo em
 Unidades de Conservação (UC), áreas de Acordo de Pesca e Terras Indígenas (TI).
 Como resultado, a produção de pirarucu passou de 75 toneladas em 2001 para
 1.300 toneladas em 2013.




Criado em 2010, o Prêmio Hugo Werneck está em sua sexta edição. Sob o tema 
 “Pelas águas do Planeta – da Caixa D'Àgua do Brasil à Terra das Cataratas”,
 foram selecionados 78 projetos de 13 estados brasileiros. A solenidade de
 premiação foi realizada em 23 de março, em Belo Horizonte. O Ibama foi
 representado pelo superintendente em MG, Marcelo Belisário. A estatueta
 recebida pelo Instituto será entregue aos servidores do Núcleo de Fauna
 da Superintendência no Amazonas, responsáveis pelo projeto.
Assessoria de Comunicação do Ibama
Foto: Jucier Lima
imprensa@ibama.gov.br

Conama estuda critérios para compostagem












Proposta em tramitação no Conama reúne
 normas para a gestão de resíduos orgânicos no país.

MARTA MORAES
Critérios e procedimentos para a produção de composto
proveniente de resíduos sólidos orgânicos foram debatidos
 na 2ª reunião do Grupo de Trabalho sobre a Proposta
 de Resolução Conama (GT Compostagem), realizada
 nesta semana (18 e 19/04), no Ministério do
 Meio Ambiente (MMA), em Brasília.
A proposta em tramitação no Conselho Nacional do Meio
 Ambiente (Conama) é o principal instrumento sugerido
 para regulamentar a gestão dos resíduos orgânicos
 segundo os princípios da Política Nacional de
 Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010).
TEMAS
A necessidade de se diferenciar o composto produzido
 a partir de resíduos orgânicos separados na origem
 (que não são misturados com outros tipos de resíduos)
 do composto produzido a partir da coleta convencional
 (onde os resíduos orgânicos são misturados com os rejeitos)
 foi um dos assuntos debatidos. Além disso, o GT debateu
 os cuidados ambientais necessários para unidades de
 compostagem operarem com segurança ambiental.
Durante a reunião, a secretária de Recursos Hídricos e
 Ambiente Urbano do MMA, Cassandra Nunes, destacou 
que o Brasil gera mais de 700 milhões de toneladas de
 resíduos orgânicos por ano, das mais diversas origens,
 principalmente urbana, industrial e agrossilvopastoril. 
“Temos que superar o paradigma do aterramento de
 resíduos orgânicos e adotar modelos de gestão que
 reciclem os resíduos orgânicos e cumpram seu papel
 natural de devolver fertilidade aos solos. A compostagem
 é uma das opções mais seguras e disseminadas de realizar
 esta reciclagem”, afirmou.
Para a Zilda Veloso, diretora de Ambiente Urbano do MMA,
 o debate para a definição de critérios é uma oportunidade 
de induzir municípios e grandes geradores a adotarem
 uma gestão mais qualificada dos resíduos, aumentando a 
vida útil de aterros sanitários e produzindo
 fertilizante orgânico de boa qualidade.
Sobre e questão da segurança ambiental das unidades de
 compostagem, Zilda Veloso afirmou que são unidades que
 realizam um serviço ambiental importante, de tratamento
 de resíduos. “Mas poucos estados possuem bastante experiência 
com o tema. Com a aprovação desta resolução,
 consolidaremos estas experiências em uma norma nacional,
 que trará mais segurança jurídica e ambiental para a expansão
 de unidades de compostagem por todo o Brasil”, complementou Zilda.
 
SAIBA MAIS
Em julho de 2015, a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente
 Urbano do Ministério do Meio Ambiente encaminhou ao Conama 
proposta de Resolução que “define critérios e procedimentos para
 a produção de composto proveniente de resíduos sólidos orgânicos,
 para o licenciamento ambiental de unidades de compostagem,
 e dá outras providências ”.
O Grupo de Trabalho foi criado, pela Câmara Técnica de
 Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos do Conama, 
com o objetivo de amadurecer tecnicamente a proposta em
 debate aberto com a sociedade. Os debates são abertos e
 têm contado com a participação de ONGs, associações,
 empresas do setor de compostagem, técnicos de prefeituras,
 órgãos estaduais de meio ambiente, ministérios,
 entre outros atores com experiência no tema.
Toda a tramitação do processo está disponível no site do Conama,
 incluindo as sugestões de alteração de texto de cada reunião do GT.

Edição: Alethea Muniz
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)

Estratégias contra desmatamento ilegal












Acre e Mato Grosso traçam plano de trabalho
 com o MMA para dar sequencia às ações do
 compromisso assumido na COP 21, em Paris.

LUCIENE DE ASSIS
Foi instalado, nesta sexta-feira (22/04), em Brasília,
 o Grupo de Trabalho do Desmatamento Ilegal Zero,
 em reunião conduzida pelo ministro interino do Meio Ambiente,
 Carlos Klink. O GT dará sequência ao compromisso assinado
 pela ministra Izabella Teixeira e pelos governadores do Acre,
 Tião Viana, e do Mato Grosso, Pedro Taques, de zerar o 
desmatamento ilegal em seus estados até 2020.
Esse pacto foi oficializado durante o evento Diálogos do
 Brasil na 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas para 
o Clima (COP 21), realizado em Paris em dezembro do ano 
passado. Na expectativa pelos resultados positivos dessa
 iniciativa, as deliberações e estratégias adotadas pelos 
governos do Acre e do Mato Grasso, com o apoio do MMA,
 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
 Naturais Renováveis (Ibama) e do Serviço Florestal
 Brasileiro (SFB), “servirão para orientar e nortear os passos
 dos demais estados nesse mesmo sentido”, afirma a diretora
 do Departamento de Políticas de Combate ao Desmatamento
 do MMA, Thelma Krug.

CARRO-CHEFE

Para o ministro interino do MMA, Carlos Klink, o Brasil continuará,
 “fortemente”, atuando contra a derrubada ilegal de florestas, 
inclusive após 2020. “Queremos trazer o novo e sofisticar o
 combate ao desmatamento, investindo em economia e
 regeneração florestal, sendo que o Código Florestal é o 
nosso carro-chefe”. Ele aponta o Cadastro Ambiental Rural (CAR)
 como grande aliado no fornecimento de informações que ajudarão
 no alcance desse objetivo.

A partir da instalação do GT, seus membros devem, agora,
 preparar um documento detalhado enumerando os compromissos
 mútuos, sob a forma de planos de trabalho, que permitam
 acompanhar a implementação das medidas acordadas
 na declaração do Compromisso pelo Desmatamento Ilegal Zero.

COMPROMISSOS

O secretário de Meio Ambiente do Acre, Carlos Eduardo de Deus,
 destacou que, ao longo dos últimos 15 anos, “houve uma
 redução considerável” nos índices de desmatamento no estado,
 saindo do patamar de 500 km2 por ano, para cerca de
 250 km2 ao ano”, graças ao desenvolvimento de
 programas e projetos que estimulam o manejo sustentável.
 “A partir da nossa política de sustentabilidade, criamos o
 sistema integrado de serviços ambientais, investimos na
 regularização fundiária e criamos o sistema estadual de áreas
 naturais protegidas para a proteção da biodiversidade,
 entre outros projetos”, enfatizou Carlos Eduardo.

Para o secretário-executivo da Secretaria de Meio Ambiente
 do Mato Grosso, André Luís Baby, o CAR será fundamental 
no combate ao desmatamento. “Faremos um trabalho
 ostensivo e fiscalização dura, com ajuda da Polícia Federa
l e dos órgãos de fiscalização ambientais”, esclareceu.

Os integrantes do GT voltam a se reunir em 20 de maio
 para dar continuidade às ações definidas para cada instituição.

MATÉRIA RELACIONADA:
Desmatamento zero até 2020 no AC e MT


Edição: Alethea Muniz
Assessoria de Comunicação Social
 (Ascom/MMA):(61) 2028-1165