quinta-feira, 27 de julho de 2023

Manga e melão são destaques nas projeções das frutas para os próximos dez anos


As projeções de produção até 2032/2033 ainda mostram que os maiores aumentos devem ocorrer também na produção de maçã e uva

        As frutas brasileiras têm apresentado importância crescente, tanto no mercado interno como no exterior.  De janeiro a junho deste ano, o valor das exportações (inclui nozes e castanhas) foi de US$ 533,3 milhões, e a quantidade exportada foi de 483,3 mil toneladas, embarcadas para mais de 120 países. A União Europeia é o principal destino das exportações nacionais. 

            Limões e limas, melões e mangas são as frutas que apresentaram neste ano (janeiro a junho) os melhores resultados em valor nas exportações – limões e limas US$ 84,6 milhões, melões US$ 69 milhões e mangas US$ 68,4 milhões. As uvas, abacates e maçãs também tiveram desempenho favorável, com US$ 36,4 milhões, US$ 30,1 milhões  e US$ 29,5 milhões em receitas, respectivamente.

          As projeções de produção até 2032/2033 mostram que os maiores aumentos de produção devem ocorrer em melão (28,7%), manga (22,9%), maçã (21,3%) e uva (16,3%).

        Os números fazem parte do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/23 a 2032/33, feito pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).


Melão 

        De acordo com analistas do setor, o crescimento da produção e da área de melão faz sentido se o Brasil conseguir abrir novos destinos de exportação. O mercado europeu está bem consolidado e o mercado chinês ainda está em negociação. A produção faz uso de tecnologia, sobretudo, no Rio Grande do Norte e no Ceará.


Manga 

        Os aumentos  recentes de área, podem permitir crescimento da produção, porém espera-se uma interrupção na expansão de área. Quanto às exportações, acredita-se em continuidade do crescimento, mas em ritmo menos intenso que o projetado no modelo.


Uva

        Os aumentos de área no Vale do São Francisco e também a disponibilidade de variedades produtivas podem aumentar a produção no  próximo decênio. Ocorreram  aumentos significativos em áreas nas regiões de uva de mesa no Sul e no Sudeste do país.


Maçã 

        A estimativa é de que a área de plantio da maçã seja praticamente estável nos próximos dez anos, mas com ganhos de produtividade decorrente dos constantes investimentos tecnológicos do setor. Há interesse em novas variedades, mais adaptadas e que possam ser mais adensadas. 

        A exportação de maçã depende muito da oferta nacional, dos concorrentes e da demanda dos principais destinos. A tendência é de que cresçam os embarques do produto.  


Laranja e suco de laranja 

        A produção de laranja deverá passar de 16,9 milhões de toneladas na safra 2023 para 17,7 milhões de toneladas em 2032/33. O crescimento anual deve ser por volta de 0,5% no próximo decênio. 

        A área plantada deve sofrer uma redução nos próximos anos, com recuo dos atuais 656 mil hectares para 572 mil hectares. O estado de São Paulo, principal produtor do país, vem reduzindo a área de colheita da laranja. 

        Já as exportações de suco de laranja devem passar de 2,5 milhões de toneladas, em 2022/23, para 3 milhões de toneladas ao final do período das projeções. Isso representa um aumento de 21,9% na quantidade exportada. O faturamento neste ano (janeiro a junho) foi de US$ 1 bilhão para uma quantidade de 1,3 milhão de toneladas exportadas, com 75,8% na participação mundial.

            A participação brasileira no mercado mundial de suco de laranja foi de 49,5% em 2022. As importações mundiais foram de US$ 3,99 bilhões e as exportações brasileiras foram de US$ 1,98 bilhão no mesmo período.

  

Confira aqui as Projeções do Agronegócio Brasil - 2022/23 a 2032/33 e aqui as tabelas das projeções  

 


FONTE: Ministério da Agricultura e Pecuária

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Onde tem fogo, tem que que ter cuidado!

 

Está no ar a Campanha Pantanal sem Incêndios para chamar a atenção sobre o uso consciente do fogo


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        Campanha Pantanal sem Incêndios, alerta para os riscos de incêndios e esclarece sobre o uso consciente do fogo nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com o conceito central: "Pantanal sem incêndios. Onde tem fogo, tem que ter cuidado", a campanha foi lançada em 23 de junho, e é uma inciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em parceria com os governos estaduais de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

        A iniciativa faz parte do Plano de ação para o manejo integrado do fogo no bioma Pantanal [LINK Plano de ação para o manejo integrado do fogo no bioma Pantanal ] , que visa contribuir para a redução significativa dos incêndios florestais. Elaborado pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, com apoio do MMA, do ICMBio, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo o Plano, as ações serão realizadas de forma integrada, buscando somar esforços das diferentes entidades atuantes no Pantanal, tanto governamentais, terceiro setor e sociedade civil.

    O Pantanal sofreu grandes incêndios florestais em 2020, quando aproximadamente 30% do bioma foi consumido pelo fogo causando impactos negativos à saúde, à biodiversidade e à economia. Os focos ocorreram, sobretudo, em zonas de vegetação natural e pastagem, afetando profundamente as áreas de conservação ambiental.

             Buscando se antecipar e evitar a repetição desse quadro, o Plano de Ação do Pantanal prevê três frentes de atuação: prevenção, preparação e combate ao fogo, visando evitar a ocorrência dos incêndios ou diminuir sua severidade; organizar as estruturas de pessoal, equipamentos e bases operacionais; e, em caso de incidentes, controlar e extinguir todos os focos de forma organizada, segura e eficiente.

        Assim, a Campanha Pantanal sem Incêndios faz parte das ações de prevenção e tem como objetivos sensibilizar a população do Pantanal sobre os riscos e consequências dos incêndios florestais; destacar a importância de seguir a legislação vigente, em especial a necessidade das autorizações de queima controlada serem solicitadas aos órgãos estaduais de meio ambiente; contribuir para a mudança de visão do papel do fogo junto as comunidades de modo a resgatar aspectos tradicionais do seu uso, e sobretudo, difundir como o fogo pode ser usado de maneira a trazer benefícios; contribuir para a prevenção de incêndios florestais e de queimadas sem autorização; difundir as principais ações e novos elementos que compõem a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo; e, por fim, contribuir para mobilização de entes da federação e entidades do setor.

            A Campanha irá atuar nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com ações de comunicação de amplo alcance, como rádio, TV, outdoors e carros de som; prevê a impressão de cartazes e filipetas educativas a serem divulgadas em escolas e instituições; e, ainda, uma grande divulgação nas redes sociais do Ibama e dos parceiros. A campanha está dividida em dois momentos específicos que são o de conscientização sobre os impactos e o de prevenção aos incêndios.

            A primeira fase da campanha busca conscientizar os produtores rurais de que a queima controlada no manejo da produção é uma prática integrada à cultura pantaneira, mas que deve ser realizada com autorização e orientações de órgãos estaduais oficiais. Além disso, são fornecidas recomendações de segurança, como não atear fogo em terrenos, quintais ou beiras de estradas.

        A segunda fase divulga a proibição das queimadas, que ocorrem no período mais seco do ano, cuja queima, inclusive a de manejo, é totalmente proibida. A campanha aborda ainda os efeitos do fogo, quando é feito de forma ilegal, no meio ambiente, na economia e na saúde.

        Estão diretamente envolvidos o Prevfogo sede e as coordenações do Prevfogo no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.


Acesse a Campanha 



FONTE: IBAMA


segunda-feira, 17 de julho de 2023

Exportações do agronegócio batem recorde no semestre com alta de 4,5%

 

Em junho, as exportações somaram US$ 15,54 bilhões.

        No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 82,80 bilhões, crescimento de 4,5% na comparação com o primeiro semestre de 2022 (US$ 79,24 bilhões). O aumento no índice de quantum (+8%) foi responsável pelo maior valor da série histórica, uma vez que o índice de preços caiu 3,2% no período.

        As exportações do agronegócio alcançaram US$ 15,54 bilhões em junho deste ano, recuo de 0,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior (US$ 15,62 bilhões),  apesar de diversos recordes observados em soja em grãos (valor e quantidade), açúcar de cana em bruto (valor), carnes bovina e de frango in natura (recordes em quantidade) e celulose (recorde em quantidade). 

        Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), este cenário é explicado pela forte queda do índice de preços das nossas exportações no mês (-12,9%), que reduziu levemente o valor mensal relativo a junho de 2022, mesmo com alta expressiva do índice de quantum (+14,2%). 

        A participação das exportações do agronegócio no total da balança comercial de junho foi de quase 52%, já que a redução das exportações dos demais produtos foi superior (-15,7%).


Soja em Grãos

        O volume exportado foi recorde para o mês com 13,77 milhões de toneladas (+37,9% relativos a junho de 2022). O valor exportado de soja em grãos alcançou US$ 6,89 milhões (+9,3%), também recorde para os meses de junho. Tal montante não foi mais expressivo devido à queda do preço médio de exportação (-20,7%), que refletiu as condições de produção global da oleaginosa, com safra recorde no Brasil e boa produção nos Estados Unidos.


Açúcar 

        As exportações de açúcar em junho foram recordes em valor, US$ 1,40 bilhão (+51,3%), com alta de 23,1% dos volumes e 22,9% dos preços médios de exportação. Os preços internacionais do açúcar, influenciados por uma disponibilidade mais apertada no mundo, crescem desde novembro de 2022 e, em maio de 2023, alcançaram o nível mais alto desde outubro de 2011, de acordo com o índice de preços da FAO.


Carne Bovina

        A principal carne exportada em junho foi a bovina in natura: U$$ 974,13 milhões (-6,4%), com alta de 26,4% nos volumes exportados e redução de 26,0% nos preços médios. A China foi o principal destino, responsável por 70,2% das exportações em volumes: US$ 698,52 milhões (-7,1%), e 135,37 mil toneladas (+32,0%).


Carne de Frango

        As exportações de carne de frango in natura foram de US$ 835,88 milhões (-6,2%), alta de 4,0% em volumes e queda de 9,8% nos preços médios, nesse mês. Os principais destinos foram: China (US$ 155,88 milhões; +28,7%; 14,9% de participação; alta de 35,4% dos volumes exportados) e Japão (US$ 97,67 milhões; +9,7%; 9,6% do total; +11,8% em volumes).


Celulose

        As exportações de celulose foram recordes em volumes: 1,55 milhão de toneladas (+6,3%), resultando em US$ 652,31 milhões (+2,4%). Tradicionalmente, China, Estados Unidos e União Europeia concentram as exportações do produto (78,4% de participação em quantidade nesse junho de 2023).


Recorde no acumulado do ano (janeiro a junho)

        De acordo com os analistas da SCRI, o crescimento nas exportações de soja em grãos foi o que mais contribuiu para a expansão nas vendas do agro de janeiro a junho de 2023, com US$ 2,88 bilhões acima do que foi registrado no ano anterior. 

        Outros dois produtos cujas vendas cresceram mais de US$ 1 bilhão foram milho (+US$ 1,58 bilhão) e açúcar de cana em bruto (+US$ 1,20 bilhão). Por outro lado, cabe ressaltar a queda nas exportações de carne bovina in natura (-US$ 1,26 bilhão) e café verde (-US$ 1,04 bilhão). 

        Apesar da China ter se mantido como principal destino da carne bovina in natura (59,8% de participação em valor), a queda expressiva ainda reflete a suspensão ocorrida no início de 2023, além da queda nos preços médios de vendas (-25,3%).

        Já o volume menor embarcado de café está relacionado à baixa disponibilidade interna em função da colheita ainda se encontrar em fase inicial. 



FONTE: Ministério da Agricultura e Pecuária

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Abertas as inscrições para Espaços Exibidores da 12ª Mostra do Circuito Tela Verde


Poderão se inscrever instituições que desenvolvam atividades de educação e sensibilização socioambiental.


        Estão abertas até 31 de julho as inscrições para Espaço Exibidor da 12ª Mostra do Circuito Tela Verde (CTV 12).

            As instituições receberão materiais de apoio para exibir os filmes da mostra 2023. O local disponibilizado pela instituição (espaço exibidor) pode ser virtual ou físico e fixo ou itinerante. Cada espaço tem autonomia para definir quais vídeos serão exibidos e poderá realizar quantas mostras desejar.

        Podem se inscrever instituições formais ou não-formais de ensino, instituições públicas e religiosas, ONGs, associações, cooperativas, empresas, entre outras. As instituições participantes receberão certificado de participação.

    CTV - a “Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente” é uma iniciativa do Departamento de Educação Ambiental e Cidadania do MMA dentro do Circuito Tela Verde, que seleciona vídeos com conteúdo socioambiental de todas as regiões do país para serem exibidos em território nacional.

    O objetivo é divulgar e estimular atividades de Educação Ambiental por meio da produção audiovisual independente, além de atender às demandas de espaços educadores por materiais pedagógicos multimídia. O CTV teve início em 2009. Já exibiu 487 vídeos de temática socioambiental e teve mais de 10 mil Espaços Exibidores cadastrados.


Clique aqui e acesse a chamada com mais informações.

Clique aqui para acessar o formulário de inscrição.

 



FONTE: Assessoria de Comunicação do MMA