quarta-feira, 23 de abril de 2014

ICMBIO e a Ararinha-Azul: um país na beira do abismo


O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) 
através de um dos seus centros de pesquisa, o CEMAVE 
(Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Aves Silvestres), 
acabou de lançar um edital para a contratação de um consultor, 
que ficará encarregado de coordenar o Livro de Registros Genealógicos
 (studbook Keeper) da espécie Cyanopsitta spixii, a Ararinha-azul. 
Entre as atribuições desse profissional estão: elaborar o Protocolo de Manejo
 para a espécie, orientar e supervisionar a adoção de medidas 
de manejo estabelecidas no protocolo, identificar indivíduos da espécie 
com potencial de integrar o programa, identificar instituições
 mantenedoras para participar do programa, recomendar ao 
Coordenador do Programa indicação para entrada ou saída de mantenedores,
 elaborar e manter o studbook da espécie, avaliar a variabilidade 
enética da população da espécie em cativeiro,
e recomendar ao Coordenador do Programa de Cativeiro
 da espécie os pareamentos necessários.
Na prática, esse consultor do ICMBIO vai tomar todas as decisões sobre essa espécie
 – talvez a mais ameaçada de extinção da biodiversidade brasileira. 
O último registro desse animal na natureza foi entre os anos de 2000 e 2001. 
Restam pouco mais de 70 exemplares em cativeiro, os últimos da espécie e,
 também, a última oportunidade de preservação dessas aves.
O Edital lançado pelo ICMBIO é a prova cabal da incompetência, 
do descaso e da falta de sensatez dos responsáveis pela gestão da
 biodiversidade brasileira. E a razão é simples: esse consultor deverá
 prestar os serviços VOLUNTÁRIAMENTE! E pior: o Edital tem abrangência
 INTERNACIONAL. Ou seja, fica nítido que o mesmo destina-se a contratar
 algum pesquisador estrangeiro que possa ser pago por algum 
“patrocinador” interessado nessas informações tão preciosas e importantes.
 O ICMBIO demonstra com essa atitude não ter o menor respeito pelo 
patrimônio brasileiro. Um típico caso de lesa-pátria.
Caso eu esteja absolutamente enganado e o ICMBIO queira contratar um
 “consultor voluntário” apenas por que não tem dinheiro para investir nesse
 programa de conservação, fica provada irresponsabilidade desse órgão 
e do Ministério do Meio Ambiente. Como podem tratar de um tema tão relevante 
dessa forma? Na base do “faz um favorzinho ai pra mim pesquisador”?
A falta de respeito com a nossa biodiversidade e, principalmente com 
os pesquisadores brasileiros, transforma esse edital do ICMBIO numa peça esdrúxula,
 mesquinha e até criminosa. Tratar os nossos recursos naturais
 dessa forma é a constatação de que o Brasil chegou ao limite do abismo. 
E pior: carregando em seus braços a nossa rica diversidade biológica.
Em tempo: dos cerca de 70 exemplares da Ararinha-azul existente no mundo, 
50 pertencem ao Xeque do Qatar, Saoud Bin Mohammed Bin Ali Al Thani.
Com a palavra o povo brasileiro e o Mistério Público Federal.
Uma Ararinha-azul é a personagem central do filme Rio.
Se depender do Ministério do Meio Ambiente,
 a nossa política e gestão nacional de fauna continuará sendo tratada
 apenas como uma peça de ficção. (Imagem: divulgação)
por DENER GIOVANINI

quinta-feira, 17 de abril de 2014

AVISO


 ATENÇÃO!





       Avisamos que o Senhor Marco Aurélio Alves não faz mais parte da família INAMA, em caso  de dúvidas nos telefone ou nos mande um email, pois ele não esta mais autorizado a captar publicidades para o INAMA.






                                                 Atenciosamente, Família Inama