sexta-feira, 27 de junho de 2014

Passaporte Verde lança aplicativo com roteiros sustentáveis


Turistas e moradores terão mais de 60 opções de passeios nas 12 cidades-sede da Copa 2014



Quem está visitando ou reside nas cidades-sede da Copa do Mundo da FIFA 2014 têm uma nova opção de dicas para praticar turismo sustentável. Essa é a proposta do aplicativo lançado pelo Passaporte Verde, que traz mais de 60 sugestões de roteiros mais responsáveis nas 12 cidades-sede. O aplicativo é gratuito e está disponível nos sistemas operacionais iOS e Android. O conteúdo pode ser acessado em português ou inglês.

A vantagem é que o aplicativo traz para o celular parte do conteúdo disponibilizado pelo portal da campanha do Passaporte Verde, com o diferencial de fornecer informações georeferenciadas de atrações próximas ao usuário. A campanha Passaporte Verde, que usa o slogan “Eu cuido do meu destino”, utiliza o apelo emocional do turismo e viagens, para incentivar consumidores e produtores a optarem por práticas mais sustentáveis.

O Passaporte Verde é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em parceria com os ministérios do Meio Ambiente, Esportes, Turismo e Desenvolvimento Social. A campanha é uma das ações de sustentabilidade do governo federal na Copa do Mundo da FIFA 2014.

PASSEIOS SUSTENTÁVEIS

Os itinerários sugeridos pelo aplicativo convidam os usuários a explorarem as cidades de uma maneira mais autêntica, com sugestões que incentivam a maior proximidade da natureza, a degustação da culinária local, o contato com culturas tradicionais, entre outros. Há inúmeras indicações de passeios, como a orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte; o litoral cearense, com direito a visita de duas Unidades de Conservação Ambiental; a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro; a riqueza da cultura afro-brasileira no recôncavo baiano.

O aplicativo também traz dicas para tornar viagens de lazer ou negócio menos impactantes para o meio ambiente e para o destino escolhido. No aplicativo, a pessoa encontra dicas para o planejamento da viagem e práticas mais responsáveis com ações simples que podem fazer uma grande diferença, como evitar conexões aéreas e se informar sobre frutas e legumes da estação do seu destino.

Baixe o aplicativo: Apple Store ou Google Play.

*Com informações do Passaporte Verde

Fonte:  MMA – Ministério do Meio Ambiente

Por: Sândyla  Brenda – Assessora  de  Comunicação

Ações na Mata Atlântica vão salvar onça-pintada da extinção


Ibama, ICMBio e Polícia Federal formam força-tarefa para preservar o animal



A onça-pintada (Panthera onça Linnaeus), um mamífero que pode atingir até 2,41 metros e pesar 158 quilos, está ameaçada de desaparecer da Mata Atlântica devido à caça predatória e à perda e degradação de seu habitat. Existem no bioma, entre o Espírito Santo e o Iguaçu, no Sul do Brasil, menos de 200 animais, fato que motivou a aprovação do Plano de Ação Nacional para Conservação da Onça-pintada, o PAN Onça-pintada, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), conforme a Portaria nº 63/2014.

Para viabilizar essas ações emergenciais, a ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, determinou a criação de uma força tarefa com o objetivo de evitar a extinção do felino. O trabalho de coibir a caça à Panthera-onça e reduzir a vulnerabilidade do animal será coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com a colaboração do ICMBio, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Atualmente, as pequenas populações da onça-pintada, na Mata Atlântica, encontram-se encurraladas e isoladas em pequenas áreas, o que impede sua migração de um local para outro trecho de floresta, sem risco de abate e atropelamento. O PAN Onça-pintada, com prazo de vigência até junho de 2017 e monitoramento anual dos resultados, prevê a realização de estudos para reintrodução de onça no bioma e tentativa de reprodução em cativeiro, processo que envolverá uma série de instituições governamentais, de pesquisa e ONG, sob a coordenação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap).

EQUILÍBRIO

Considerado o maior felino das Américas e o único representante atual do gênero Panthera no continente, a onça-pintada é, também, o maior predador das Américas, controla toda a cadeia alimentar e o equilíbrio ecológico dos ambientes onde ocorre. “Se for extinta, as consequências danosas para o homem e o meio ambiente serão incalculáveis”, alerta o responsável pela Coordenação Geral de Manejo para Conservação do ICMBio, Ugo Vercillo.

PRINCIPAIS AMEAÇAS 

A Mata Atlântica está localizada em regiões densamente povoadas, o que vem provocando, ao longo dos anos, a degradação da maior parte da sua floresta nativa. A vegetação remanescente é, hoje, conservada em pequenos fragmentos, principalmente no interior de unidades de conservação. A perda e a degradação do hábitat é uma das ameaças mais sérias enfrentadas pela espécie, influenciando negativamente na qualidade e capacidade de suporte do ambiente.

A destruição da vegetação impede a reprodução de outros animais, que servem de alimentos para a onça-pintada. Além dos problemas relacionados aos habitats, a onça costuma ser perseguida pelo homem, porque ameaça as criações domésticas.

OCORRÊNCIA

De hábitos predominantemente noturnos, essa espécie de onça também é encontrada na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal e, ainda, do sul dos Estados Unidos ao centro-oeste da América do Sul (Colômbia e Equador), Peru e Bolívia (leste dos Andes), por todo o Paraguai e no norte da Argentina. Seu alimento preferido são os porcos-do-mato (queixadas e catetos), antas e capivaras.

Na Mata Atlântica, as onças-pintadas estão, praticamente, restritas às unidades de conservação, sendo que a área de ocupação é 30.382 quilômetros quadrados. Trata-se de um animal solitário, sendo que a interação entre machos e fêmeas ocorre apenas durante o acasalamento. A gestação varia de 90 a 100 dias, podendo nascer até quatro filhotes, mas a média é de dois filhotes por gestação.

Fonte:  MMA – Ministério do Meio Ambiente

Por: Sândyla  Brenda – Assessora  de  Comunicação

terça-feira, 17 de junho de 2014

Instituições recebem certificado por combate à desertificação


Certificação foi entregue pela ministra Izabella Teixeira 
nesta segunda-feira em comemoração ao Dia Mundial de
 Combate à Desertificação




Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Desertificação (17 de junho), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) promoveu a entrega do certificado Dryland Champions a 16 instituições, responsáveis por projetos que combatem a degradação do solo e a desertificação no semi-árido brasileiro. Sob o lema "Eu sou parte da solução", a iniciativa da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) busca melhorar as condições de vida das populações e as condições dos ecossistemas afetados pela desertificação e pela seca.

Na ocasião, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entregou o certificado e parabenizou as instituições contempladas. Ela destacou o fortalecimento da cooperação técnica entre governo e sociedade civil, citou os projetos de cisternas e dessalinização da água como grandes exemplos de política socioambiental e defendeu a recuperação florestal com inclusão social. “Passamos da agenda do problema para a agenda da solução”, destacou.

INVESTIMENTOS

De acordo com o diretor do Departamento de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, o ministério destinou R$ 100 milhões a projetos que assegurem a convivência sustentável com a semiaridez e combatam os processos de desertificação. Os projetos beneficiados promovem o manejo florestal da Caatinga e do Cerrado, a segurança e a eficiência energética nas indústrias e domicílios, e a reforma da base ambiental produtiva para regeneração de solo, reserva de água e conservação da biodiversidade. Os recursos provêm do Fundo Clima, Fundo Nacional do Meio Ambiente e Fundo Florestal em parceria com agentes financeiros como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

Segundo dados do MMA, estão sujeitos à desertificação, no Brasil, 1,4 mil municípios, em 11 estados, abrangendo um total de um milhão e 200 mil quilômetros quadrados, o que representa aproximadamente 20% do território brasileiro. “Ações estruturantes como o Sistema de Alerta Precoce de Seca e Desertificação (SAP), elaborado em parceria com com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), vão possibilitar avanços”, finalizou Campello.

Além do certificado, as 16 instituições receberam um troféu de madeira originária de manejo florestal em formato de dois pássaros sobre um galho. O representante da organização não governamental Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha), Maurício Lins Aroucha, que atua em todo o bioma caatinga, contou que o troféu foi feito manualmente por integrantes da associação de artesãos de Santa Brígida, na Bahia.

Confira aqui o detalhamento dos projetos das instituições reconhecidas pela UNCCD. São elas:

· Instituto Fazenda Tamanduá (Paraíba), pelo projeto Manejo Florestal Sustentável;
· Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do estado de Pernambuco, pelos projetos Manejo Sustentável da Agrobiodiversidade para o Combate à Desertificação e Zoneamento da Desertificação;
· Associação Plantas do Nordeste, pelo projeto de Conservação e Uso Sustentável da Caatinga;
· Instituto Nacional do Semiárido, pelo conjunto de ações;
· Centro de Educação Popular e Formação Social (Paraíba), pelo projeto Adaptação às Mudanças Climáticas para Convivência com o Semiárido;
· Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, pelo projeto Recuperação de Áreas Degradadas para a Conservação e o Uso Sustentável dos Recursos Naturais;
· Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) e Ministério do Meio Ambiente, pelo desenvolvimento do Sistema de Alerta Precoce de Secas e Desertificação (SAP);
· Rede ASA Brasil, pelos programas Um Milhão de Cisternas e Uma Terra e Duas Águas;
· Associação Caatinga, pelo projeto No Clima da Caatinga;
· Fundação Centro de Ecologia e Integração Social, pelo projeto Sertão Vivo - Saber e Trabalho na Caatinga;
· Fundação para o Desenvolvimento Sustentável do Araripe, pelo conjunto de ações;
· Assessoria e Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha), pelo programa de Melhoria da Eficiência Energética da Biomassa Vegetal com Fogões Geoagroecológicos;
· Fazenda Caroá, pelo projeto Conceito Base Zero (CBZ);
· Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, pelo projeto Conhecendo o Tempo e o Clima;
· Centro de Produção Industrial Sustentável.



FONTE: MMA - MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE


por: Sândyla Brenda - Assessora de Comunicação

ICMBio propõe plano para conservação do tatu-bola






              Mascote da Copa do Mundo corre risco de extinção.



        Tatu se fecha em forma de bola para se proteger de predadores.








                     O tatu-bola-do-Nordeste (Tolypeutes tricinctus), espécie exclusivamente brasileira, tem uma imagem tão simpática que acabou escolhido como mascote da Copa do Mundo Fifa 2014 e ganhou a simpatia do mundo, além de cair nas graças dos brasileiros. O que pouca gente sabe é que o tatu-bola, que vive nos ambientes da caatinga e do cerrado, está ameaçado de extinção. O risco é tão grave que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) instituiu o Plano de Ação Nacional para Conservação do Tatu-bola, o PAN Tatu-bola.

                     O animal tornou-se popularmente conhecido como tatu-bola porque, sob ameaça, ele se fecha completamente em formato de bola. E esta característica fez com que a espécie fosse eleita mascote desta temporada da Copa do Mundo da Fifa, que começa nesta quinta-feira, 12/6, no Brasil.

                     Mas, infelizmente, a caça predatória, a destruição de seus habitats e o pouco conhecimento existente sobre a espécie têm ameaçado sua sobrevivência. Por esta razão, a espécie integra a Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, classificada como “Em Perigo”, e a Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), na categoria “vulnerável”.

VULNERABILIDADE

                    Existe, no Brasil, outra espécie de tatu-bola, do gênero Tolypeutes, que vive nas terras da região Centro-Oeste, o Tolypeutes matacus. A espécie está presente em áreas do cerrado, no pantanal em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e também na Bolívia, Argentina e Paraguai. De acordo com os técnicos do ICMBio, o objetivo geral do PAN Tatu-bola é reduzir o risco de extinção do T. tricinctus, elevando-o pelo menos à categoria de vulnerável, e ampliar o conhecimento sobre T. matacus visando-se avaliar, adequadamente, seu estado de conservação.

                    A meta do Instituto Chico Mendes é alcançar este objetivo em cinco anos, a partir da prática de 38 ações contidas em seis objetivos específicos, coordenados pelos dez integrantes do Grupo de Assessoramento Estratégico. A elaboração do PAN Tatu-bola foi coordenada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) do ICMBio, com o apoio da Associação Caatinga e do Grupo Especialista em Tatus, Preguiças e Tamanduás (Asasg) da IUCN.

                   Colaboraram, também, representantes de outras 15 instituições, entre universidades, órgãos estaduais e federais de meio ambiente e Organizações Não Governamentais. O plano tem a coordenação executiva da Associação Caatinga e será acompanhado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação do Cerrado e Caatinga (Cecat) e pela Coordenação-Geral de Espécies Ameaçadas (CGesp) do ICMBio.

AMEAÇADOS


                       Os tatus-bola são os menores e menos conhecidos tatus do Brasil, sendo que a espécie que habita o Nordeste e parte do cerrado só é encontrada no Brasil. A caatinga, sistema exclusivamente brasileiro, e o cerrado, um dos pontos ativos da biodiversidade mundial, estão entre os biomas mais ameaçados do mundo, sofrendo com o desmatamento e o acelerado processo de degradação, com acentuada perda de diversidade biológica e de serviços ambientais.

                  “No contexto dos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil junto às convenções das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, Mudanças Climáticas e Combate à Desertificação, há uma necessidade urgente de se ampliar as iniciativas de conservação da biodiversidade e de se proteger as áreas naturais, onde vivem as espécies ameaçadas de extinção”, explica o coordenador-geral de Manejo para Conservação do ICMBio, Ugo Eichler Vercillo.

                   As duas espécies de tatu-bola possuem três cintas móveis na região média do dorso, que permitem curvar sua carapaça para ficar no formato de uma bola. Esta estratégia ajuda-o a se proteger contra predadores naturais. Seu peso varia entre 1 kg e 1,8 kg, podendo medir de 40 a 43 cm. De hábitos noturnos, esses animais se alimentam, principalmente, de cupins, além de outros invertebrados e frutos.

Para saber mais, acesse o site do ICMBio.


FONTE: MMA - Ministério do Meio Ambiente


Por: Sândyla Brenda - Assessora de Comunicação