sexta-feira, 26 de maio de 2017

Especialistas defendem a camada de ozônio

Profissionais do setor de espumas discutem, em São Paulo, alternativas às substâncias destruidoras da camada de ozônio encontradas no processo industrial.

Cerca de 90 especialistas do setor de isolamento térmico em geladeiras e outros artigos se reúnem  em São Paulo nesta semana (24/05 e 25/05) para o seminário sobre Formulação para Espumas Rígidas de Poliuretano, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
O encontro foi realizado no contexto do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), que tem como uma de suas metas proibir a importação de HCFC-141b a partir de 1º de janeiro de 2020 para o setor de espumas. O HCFC-141b é uma substância destruidora da camada de ozônio (SDO) e importante insumo para o setor de espumas de poliuretano por seu uso como agente de expansão.
A gerente de Proteção da Camada de Ozônio do MMA, Magna Luduvice, destacou que a parceria com o setor privado é fundamental para a implementação do PBH. “Este seminário foi uma oportunidade para nos aproximarmos, principalmente, das pequenas e médias empresas”, afirmou Luduvice.
Segundo ela, para substituir as SDOs, cada empresa deve escolher qual substância melhor se adequa a sua realidade. “Contudo, cabe a nós mostrarmos quais são as alternativas disponíveis atualmente. É nesse contexto que se insere esse seminário, com o objetivo de mostrar quais são essas substâncias e quais suas principais propriedades”, completou Luduvice.

OPORTUNIDADES
A oficial de Programas para Desenvolvimento Sustentável do Pnud, Rose Diegues, afirmou que as discussões ocorrem em um momento-chave para o setor de manufatura de espumas de poliuretano no Brasil diante da futura proibição da importação do HCFC-141b. “Essa nova realidade implicará em uma transição tecnológica permanente que abre desafios para esse setor, mas que também traz consigo inúmeras oportunidades”, explicou.
“Para o setor industrial, esse seminário é fundamental para melhor se informar sobre os processos de formulação das espumas de poliuretano sem utilizar as substâncias que destroem a camada de ozônio”, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Poliuretanos (Abirpur), Orlando Galdino.
A representante da Abiquim no evento, Andrea Cunha, complementou que o encontro, além de permitir que o setor aprofunde conhecimentos no processo de formulação, reforça os compromissos com o PBH.
“Todas as empresas que compõem a Comissão Setorial de Poliuretano tiveram participação importante no evento, com apresentações dos diversos temas relacionados à produção do poliuretano”, afirmou a gerente interina da unidade de implementação e monitoramento do Protocolo de Montreal do Pnud, Ana Paula Leal.
O especialista internacional em espumas de poliuretano do Pnud, Miguel Quintero, concluiu: “Esta foi a primeira vez que a América Latina recebeu um seminário dessa magnitude, que englobasse todos esses aspectos da formulação de espumas rígidas de poliuretano”.

SAIBA MAIS
A camada de ozônio protege a vida na Terra contra radiações ultravioletas, associadas a doenças como câncer de pele e danos à fauna e à flora. Aberto em 1987, o Protocolo de Montreal é um acordo entre 197 países para eliminar gradativamente substâncias nocivas ao ozônio. Entre elas, estão os clorofluorcarbonos (CFCs), antes encontrados em geladeiras, e os HCFCs.
O Brasil aderiu ao Protocolo de Montreal em 1990 e, em 2010, zerou o consumo dos CFCs. Embora tenham menor potencial de degradação da camada de ocônios, os HCFCs também devem ser substituídos na indústria por outros compostos químicos. Além dos equipamentos de refrigeração e ar-condiconado, os HCFCs são usados em produtos com espumas em geral, como colchões, estofados e volantes de carro.




FONTE:  Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)


POR: Sândyla Brenda - Assessoria de Comunicação INAMA BRASIL