domingo, 24 de abril de 2016

Conama estuda critérios para compostagem












Proposta em tramitação no Conama reúne
 normas para a gestão de resíduos orgânicos no país.

MARTA MORAES
Critérios e procedimentos para a produção de composto
proveniente de resíduos sólidos orgânicos foram debatidos
 na 2ª reunião do Grupo de Trabalho sobre a Proposta
 de Resolução Conama (GT Compostagem), realizada
 nesta semana (18 e 19/04), no Ministério do
 Meio Ambiente (MMA), em Brasília.
A proposta em tramitação no Conselho Nacional do Meio
 Ambiente (Conama) é o principal instrumento sugerido
 para regulamentar a gestão dos resíduos orgânicos
 segundo os princípios da Política Nacional de
 Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010).
TEMAS
A necessidade de se diferenciar o composto produzido
 a partir de resíduos orgânicos separados na origem
 (que não são misturados com outros tipos de resíduos)
 do composto produzido a partir da coleta convencional
 (onde os resíduos orgânicos são misturados com os rejeitos)
 foi um dos assuntos debatidos. Além disso, o GT debateu
 os cuidados ambientais necessários para unidades de
 compostagem operarem com segurança ambiental.
Durante a reunião, a secretária de Recursos Hídricos e
 Ambiente Urbano do MMA, Cassandra Nunes, destacou 
que o Brasil gera mais de 700 milhões de toneladas de
 resíduos orgânicos por ano, das mais diversas origens,
 principalmente urbana, industrial e agrossilvopastoril. 
“Temos que superar o paradigma do aterramento de
 resíduos orgânicos e adotar modelos de gestão que
 reciclem os resíduos orgânicos e cumpram seu papel
 natural de devolver fertilidade aos solos. A compostagem
 é uma das opções mais seguras e disseminadas de realizar
 esta reciclagem”, afirmou.
Para a Zilda Veloso, diretora de Ambiente Urbano do MMA,
 o debate para a definição de critérios é uma oportunidade 
de induzir municípios e grandes geradores a adotarem
 uma gestão mais qualificada dos resíduos, aumentando a 
vida útil de aterros sanitários e produzindo
 fertilizante orgânico de boa qualidade.
Sobre e questão da segurança ambiental das unidades de
 compostagem, Zilda Veloso afirmou que são unidades que
 realizam um serviço ambiental importante, de tratamento
 de resíduos. “Mas poucos estados possuem bastante experiência 
com o tema. Com a aprovação desta resolução,
 consolidaremos estas experiências em uma norma nacional,
 que trará mais segurança jurídica e ambiental para a expansão
 de unidades de compostagem por todo o Brasil”, complementou Zilda.
 
SAIBA MAIS
Em julho de 2015, a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente
 Urbano do Ministério do Meio Ambiente encaminhou ao Conama 
proposta de Resolução que “define critérios e procedimentos para
 a produção de composto proveniente de resíduos sólidos orgânicos,
 para o licenciamento ambiental de unidades de compostagem,
 e dá outras providências ”.
O Grupo de Trabalho foi criado, pela Câmara Técnica de
 Qualidade Ambiental e Gestão de Resíduos do Conama, 
com o objetivo de amadurecer tecnicamente a proposta em
 debate aberto com a sociedade. Os debates são abertos e
 têm contado com a participação de ONGs, associações,
 empresas do setor de compostagem, técnicos de prefeituras,
 órgãos estaduais de meio ambiente, ministérios,
 entre outros atores com experiência no tema.
Toda a tramitação do processo está disponível no site do Conama,
 incluindo as sugestões de alteração de texto de cada reunião do GT.

Edição: Alethea Muniz
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)

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