quarta-feira, 22 de junho de 2016

É retrocesso liberar veículo leve a diesel, diz ministro











Sarney Filho alerta para os prejuízos ambientais e 
para a saúde humana caso projeto de lei seja aprovado. 

DA REDAÇÃO
Diante do risco iminente de aprovação, pela Câmara dos
 Deputados, do substitutivo da comissão especial ao projeto
 de lei que libera a fabricação de veículos leves a diesel no Brasil 
(PL1013/11 e apensado), o ministro do Meio Ambiente,
 Sarney Filho, expressa preocupação com a possibilidade
 de retrocesso frente a todos os esforços já empreendidos
 pelo governo brasileiro no sentido de reduzir os níveis de
 poluição nas grandes cidades. 
“Vejo com grande preocupação as propostas que objetivem
 revogar as restrições impostas pelas leis brasileiras,
 liberando o uso de diesel para veículos leves, cuja frota
 cresce exponencialmente”, reitera Sarney Filho. 
O ministro recorda que as emissões resultantes do óleo
 diesel “são extremamente nocivas ao meio ambiente e à
 saúde das pessoas, pois liberam substâncias tóxicas,
 como enxofre e óxido nítrico”.
POLUIÇÃO
Sabe-se que os carros a diesel, a exemplo dos
 ônibus e caminhões, são responsáveis pela maior parte
 do material particulado que polui o ar em todas as cidades.
 O ministro do MMA defende que os anos de negociações
 envolvendo a sociedade civil, o Congresso Nacional,
 os Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde,
 a Agência Nacional do Petróleo e os representantes
 da indústria automotiva “não podem ser ignorados”,
sob risco de comprometer a qualidade ambiental e a
 saúde da população.
“Um aumento no consumo de combustíveis fósseis,
 com o potencial de emissões do diesel,
é um contrassenso frente a esse compromisso”, 
alerta o ministro. Está provado que a emissão de poluentes
 por veículos a diesel tem contribuído, sistematicamente
 e em níveis elevados, para deteriorar a qualidade ambiental
 dos grandes centros urbanos em todo o mundo, inclusive no Brasil. 
MAIS FUMAÇA NO AR
Há três décadas, o Programa de Controle de Poluição
 do Ar por Veículos Automotores (Proconve), coordenado
 pelo MMA, vem avançando no sentido de reduzir o impacto
 dessas emissões sobre a população. E as alterações
 propostas e aprovadas para esses motores e para a
 composição dos combustíveis têm contribuído para
 reduzir o potencial poluidor do diesel. Sarney Filho reforça:
 “Essa redução segue a tendência mundial, adotada pelos
 países desenvolvidos e por aqueles que têm políticas
 ambientais sólidas, limitando, cada vez mais, o uso do
 combustíveis fósseis”. 
Para o ministro, a eventual aprovação da proposta em
 tramitação na Câmara incentivando o aumento do
 consumo de combustíveis fósseis contraria os
 compromissos assumidos pelo Brasil durante a
Conferência das Partes sobre Mudança do Clima da ONU,
 a COP 21, realizada em Paris em dezembro do ano passado. 

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA):

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