segunda-feira, 11 de maio de 2020

Efeitos Ambientais do Covid-19




          Nas últimas semanas o Covid-19, também conhecido como o novo Coronavírus, tem impactado o mundo e a vida de todos os seres vivos, se tornou uma pandemia que não tem precedentes na história, cujos efeitos estão sendo discutidos diariamente pelas comunidades científicas, políticas e econômicas. O que conhecemos cientificamente é apenas uma parcela dos vírus existentes no meio natural, mais da metade das doenças infecciosas emergentes que afetam os seres humanos vem de origem zoonóticas e mais de dois terços são originários da vida selvagem.
          A real culpa dos surtos pandêmicos deriva da ação humana e não dos animais que, por sua via, são apenas hospedeiros e os culpar é um erro. Assim como a febre amarela não foi e não é causada pelos macacos, o novo coronavírus não pode ser atribuído aos morcegos, a presença de um vírus no animal é que assegura a não transmissão aos humanos, o que só vem a ocorrer quando há uma interferência antrópica sobre estes animais.
          Esta pandemia também causou grandes impactos positivos e negativos no nosso planeta, há menos poluição sonora nos centros urbanos e também menos emissão de gases estufa que contribuem para as mudanças climáticas, também há menos efluentes líquidos em rios e nos oceanos. A qualidade da água no canal de Veneza melhorou muito sem o tráfego de barcos, no Japão e Tailândia, vários animais são encontrados andando nas ruas, efeitos do desaquecimento das atividades econômicas nos países atingidos já estão sendo sentido com restrições na produção industrial e no deslocamento aéreo e terrestre. Na China houve uma queda de pelo menos 25% na emissão de dióxido de carbono, a Itália, Nova York, França e toda a Europa seguem com a mesma tendência. O Brasil não fica de fora, São Paulo e Rio de Janeiro também melhoraram a qualidade do ar, o nível de poluição do ar vem afetando a saúde cardiopulmonar em geral, portanto, menos poluição em meio a esta pandemia, só pode ser bom, além disso com o ar menos poluído, há uma menor propagação do vírus em partículas de poluição, alguns especialistas acreditam nesta teoria, embora a produção de eletricidade e as relacionadas á habitação não estão diminuindo, pelo contrário está havendo um grande número de desperdício o que gera preocupações.
          A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais acredita que, por conta do isolamento e distanciamento social nesta quarentena haverá um aumento significativo na quantidade gerada de resíduos sólidos domiciliares, pelo menos 25% e de resíduos hospitalares de 10 a 20 vezes mais, sem falar no desperdício de produtos e alimentos em razão da histeria coletiva sob o risco de desabastecimento.
          Sem falar que o vírus enfraquecerá os investimentos globais em energia limpa e os esforços das indústrias e, reduzir as emissões, bem como a queda do preço do petróleo, que é maior dos últimos 30 anos.
          É tempo de mudanças e de reflexões, todos deveram estar abertos e preparados aos novos caminhos que estão surgindo em meio á pandemia, cuidar da saúde, se proteger e ao próximo, devem ser prioridade, mas não podemos nos esquecer de também cuidar do nosso meio ambiente e planeta, afinal sem ele não existiremos.



Por: Sândyla Brenda – Assessora Jurídica e Comunicação do INAMA




FONTES:
BBC, Folha Uol, Agência Brasil e Direito Ambiental.com

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