As aves, de espécie ameaçada de extinção, haviam sido repatriadas em fevereiro no Togo.
Equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de São Paulo transportou 12 araras-azuis-de-lear (Anodorhynchus leari) da área de quarentena sanitária para um criadouro conservacionista. Essas aves, resgatadas por profissionais da autarquia em fevereiro no Togo (África Ocidental), agora têm uma chance de recomeço em solo brasileiro.
A nova casa provisória das aves (a natureza é o verdadeiro lar), um criadouro científico autorizado pelo Ibama situado no interior de Minas Gerais, as araras imediatamente reconheceram e comeram frutos da palmeira licuri, principal alimento na região em que elas se distribuem naturalmente. Esse comportamento é mais um indício de que as aves foram capturadas da natureza em sua área de distribuição natural.
Nos próximos 60 dias, os animais receberão um rigoroso acompanhamento veterinário, com exames e avaliações periódicas. Em seguida, as aves passarão por atividades de reabilitação, visando prepará-las para a reintrodução à área em que a espécie é endêmica.
Araras protegidas
Segundo informações da União Internacional para a Conservação da Natureza (CICN), existem por volta de 1.700 indivíduos adultos da espécie Anodorhynchus leari. A proteção de animais ameaçados e considerados carismáticos por atraírem a atenção das pessoas, conhecidos como espécies bandeira, pode favorecer a captação de recursos, incrementar o turismo sustentável e estimular a criação de áreas protegidas na região, possibilitando a existência de um importante mosaico de Unidades de Conservação na Caatinga baiana.
Na mesma operação de repatriação das araras-azuis-de-lear, foram resgatados 17 micos-leões-dourados. Os primatas foram para o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, que atua na manutenção e reprodução, bem como eventual reintrodução na natureza das espécies da Mata Atlântica.
FONTE: Assessoria de Comunicação do Ibama
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