quinta-feira, 2 de março de 2017

Ibama aumenta proteção a polinizadores













Nova Instrução Normativa estabelece diretrizes e
 procedimentos para avaliação dos riscos de agrotóxicos
 para insetos como abelhas.

DA COMUNICAÇÃO IBAMA
O Ibama publicou Instrução Normativa que estabelece diretrizes
, requisitos e procedimentos para a avaliação dos riscos de
 ingredientes ativos de agrotóxicos para insetos polinizadores.
 A norma, destinada a produtos ainda não registrados no país
 ou em reavaliação, é a primeira a estipular critérios de decisão
 com base no risco, ou seja, na probabilidade de uma espécie
 ser afetada pela exposição a agrotóxicos. O objetivo é oferecer
 mais proteção a abelhas e outros polinizadores.
Das 141 espécies de plantas cultivadas no país para
 alimentação, produção animal, biodiesel e fibras,
 aproximadamente 60% dependem da polinização animal,
 aponta a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
 (Embrapa). A preocupação com o declínio das populações
 de abelhas e outros insetos é crescente em todo o mundo
, o que levou governos e organizações a investigar
 sistematicamente o problema e suas causas.
A Instrução Normativa n° 02/2017, publicada no Diário 
Oficial da União no dia 10 de fevereiro de 2017,
 condiciona registros de agrotóxicos à apresentação
 de informações que permitam o uso adequado 
desses produtos, sem efeitos que comprometam a
 sobrevivência, a reprodução e o desenvolvimento das abelhas.
Desde 2012 o Ibama realiza estudos para estabelecer uma
 metodologia de avaliação de riscos resultantes do uso de
 agrotóxicos para insetos polinizadores, levando em
 consideração as particularidades da agricultura brasileira.

AVALIAÇÃO AMBIENTAL
A avaliação ambiental de agrotóxicos conduzida pelo
 Ibama compreende: a Avaliação do Potencial de
 Periculosidade Ambiental (PPA) e a Avaliação de 
Risco Ambiental (ARA). A primeira leva em consideração
 a toxicidade dos agrotóxicos e seu comportamento 
em ambientes diversos. A segunda, além da toxicidade
, considera a exposição dos organismos aos agrotóxicos,
 o que inclui o modo e a época de aplicação, as doses,
 a cultura e o clima, entre outros fatores.
Embora específica para insetos polinizadores, a
 nova norma também regulamenta as bases para o
 procedimento de avaliação de risco ambiental para
 registro de agrotóxicos, que será estendido a outros
 organismos e ecossistemas.

CONSULTA PÚBLICA
Um primeiro esboço da Instrução Normativa foi submetido
 a Consulta Pública no site do Ibama em 31 de maio de 2016,
 com prazo de 30 dias, prorrogado até 19 de julho.
 Participaram representantes de instituições de 
ensino e pesquisa, órgãos governamentais, entidades 
representativas do setor apícola, entidades e empresas do
 setor regulado, apicultores e meliponicultores.
Entre os participantes da consulta, 52% se declararam
 “fortemente favoráveis” à proposta de norma em discussão
 e 27%, “favoráveis”. As contribuições oferecidas foram 
analisadas e parte delas foi incorporada ao texto
 final da Instrução Normativa.

Mais informações:


Assessoria de Comunicação do Ibama:

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