terça-feira, 22 de agosto de 2023

Megaoperação do Ibama reduz em mais de 10 vezes os alertas de garimpo ilegal na região do Tapajós, PA.

 

Alertas caíram de 212 para 20 na região do Tapajós como resultado da Operação Xapiri-Tapajós.


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Imagens da Operação Xapiri-Tapajós


        Como resultado da Operação Xapiri-Tapajós, deflagrada em agosto pelo Ibama e outras instituições na região do Tapajós (PA) para conter a poluição do rio, os alertas de garimpo ilegal caíram de 212 para 20, uma redução de 90,5%, no intervalo de uma semana antes e uma semana após o início da operação. A ação fiscalizatória, maior realizada na região, já dura dez dias e envolveu uma varredura dos afluentes do rio nos municípios paraenses Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso. Foi empregado número recorde de aeronaves na operação, sendo cinco helicópteros do Ibama e quatro do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em ação simultânea.

        Com foco em unidades de conservação federais e terras indígenas, dentre elas a Munduruku, os agentes inutilizaram, até o momento, 49 escavadeiras hidráulicas, 66 dragas, 55 motores estacionários e seis tratores, em um total de 176 equipamentos. O prejuízo causado aos infratores é da ordem de R$ 95 milhões.
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        O início da operação, no último dia 10 de agosto, coincidiu com o Dia do Fogo, em referência a ação criminosa de infratores realizada em 2019, em que programaram uma grande queimada simultânea em conjunto em Novo Progresso, produzindo grandes focos de incêndio na Floresta Amazônica. A operação também visa ao impedimento de que a lama decorrente dos garimpos ilegais avance pelo rio Tapajós, como ocorreu em 2021. Na época, a pluma de sedimentos resultante da atividade criminosa chegou a Alter do Chão (PA).

        Realizada em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Operação Xapiri-Tapajós também conta com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Força Nacional (FN) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Operação Xapiri

            A operação recebeu o nome Xapiri em referência ao seu significado: são guardiões invisíveis das florestas, espíritos nos quais os ancestrais animais dos povos Yanomami se transformaram. Eles são evocados nos rituais xamânicos para refrescar a terra, curar o corpo e afastar as epidemias. Sua aparição é cintilante e, seus cantos, ensurdecedores.



FONTE: IBAMA


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