sábado, 29 de agosto de 2015

Ibama desarticula esquema que fraudava créditos florestais em MT


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Cuiabá (20/08/2015) – O Ibama realizou na região de Alta Floresta,
 a 800 km de Cuiabá, mais uma etapa da Operação Malha Verde,
 que desarticulou um esquema criminoso de comercialização de
 créditos e guias florestais. A ação teve apoio da Delegacia Especializada
 de Meio Ambiente (Dema) e da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso.
Segundo a investigação, 
a fraude começou há quatro anos e permitiu que
 fossem colocados no mercado mais de 60 mil metros cúbicos de
 madeira de origem ilegal. A organização criminosa funcionava em
 um escritório instalado na FZ Indústria e Comércio e Exploração de Madeiras LTDA.
 No mesmo local, também era movimentada outra empresa de fachada,
 a Isaac Batista de Brito Comércio de Madeira M. E. 

Uma pessoa foi presa em flagrante quando finalizava a impressão de três guias
 florestais falsas que seriam utilizadas para esquentar um carregamento de
 madeira serrada procedente do município de Nova Monte Verde. A carga
 teria como destino três municípios paulistas. Na ocasião,
 foram apreendidos computadores, aproximadamente R$ 10 mil em dinheiro,
talões de cheque e documentos que confirmam o funcionamento do esquema.
Entre os investigados estão o prefeito de Alta Floresta, Asiel Bezerra de Araújo,
 e integrantes da diretoria do Sindicato dos Madeireiros do 
Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte).
Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 
foram apreendidos ainda três caminhões com carregamentos
 de madeira serrada de origem ilegal, totalizando 83,3 metros cúbicos.
 Os veículos foram interceptados na BR-163 e estavam com guias florestais falsas.
 Outros carregamentos ainda estão sendo rastreados.
Foram bloqueados 24 empreendimentos diretamente envolvidos nas
 atividades ilegais. A medida possibilitou o bloqueio de mais de 100 mil metros
 cúbicos de madeira que, possivelmente, seriam utilizados no esquema criminoso,
 o que equivale a aproximadamente três mil caminhões carregados de madeira.
 Uma placa de identificação de uma madeireira envolvida foi encontrada 
fixada em uma residência e outra em um lava-jato.
 A maior parte das transações entre os envolvidos ocorria virtualmente.
 Os investigados são acusados de crimes ambientais,
 formação de organização criminosa e falsidade ideológica, 
entre outras irregularidades.
 O Ibama/MT continuará as análises para apuração das infrações administrativas.
“O Núcleo de Inteligência do Ibama está trabalhando intensamente
 para desarticular e interromper esses esquemas ilegais no setor madeireiro,
 que causam muitos prejuízos, tanto econômicos quanto ambientais,
 para o estado e para a sociedade”, 
disse o superintendente do Ibama no Mato Grosso, Marcus Keynes.
 “Essa concorrência desleal prejudica também os esforços para que o 
setor madeireiro trabalhe de forma sustentável.”



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