terça-feira, 27 de outubro de 2015

Sócio e gerente de serrarias são presos em fiscalização do Ibama no Maranhão



Imperatriz, MA (26/10/2015) - O trabalho de fiscalização realizado
 paralelamente à Operação Awá, que combate incêndios florestais na
 Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, resultou no embargo,
 neste sábado (24/10), de duas serrarias que usavam madeira de
 origem ilegal no município de Arame (MA). Duas pessoas foram
 presas e encaminhadas à Polícia Federal (PF).
A análise do Documento de Origem Florestal (DOF) levou a equipe de
 fiscalização do Ibama a concluir que a madeira utilizada pela empresa
 JCS Laurindo não tinha origem no plano de manejo indicado,
 que está inativo.
 O gerente da serraria disse desconhecer a origem da madeira e
 não apresentou o DOF nem a nota fiscal do produto.
 Os agentes ambientais federais inutilizaram 24,75 metros cúbicos
 de madeira (quantidade que encheria dois caminhões) e aplicaram
 multa no valor de R$ 7.425,00. O gerente da empresa foi conduzido
 à delegacia da PF em Imperatriz (MA).
Na serraria WR Santos Madeiras, a fiscalização encontrou 57,35 metros
 cúbicos de toras (cerca de 5 caminhões), também sem DOF
 Dez fornos a carvão que já haviam sido embargados pelo Ibama
 há dois anos estavam em operação e foram destruídos. A madeira
 apreendida ficará em um depósito até que seja decidida sua destinação final.
 Os equipamentos da serraria foram lacrados. Um dos sócios da empresa
 foi conduzido à delegacia da PF em Imperatriz. A WR Santos
 Madeiras foi multada em R$ 17.205,00 pela madeira ilegal e também
 recebeu autuação no valor de R$ 61.000,00 pelo uso dos 
fornos embargados.
Há dez dias, uma equipe de fiscalização do Ibama foi atacada a tiros
 por criminosos que roubavam madeira da Terra Indígena Arariboia,
 no município de Arame. O agente ambiental Roberto Cabral,
 que coordenava a operação, foi baleado no braço direito.
 A tentativa de homicídio é investigada pela PF. Após o atentado,
 as ações de combate à extração ilegal de madeira foram intensificadas.
 Madeireiros são apontados como responsáveis pelo incêndio florestal,
 que já atingiu cerca de 45% da reserva.
Na última quinta-feira (22/10), a presidente do Ibama, Marilene Ramos,
 e o diretor de Proteção Ambiental do instituto, Luciano Evaristo,
 foram à reserva Arariboia e reuniram-se com lideranças indígenas.
 "As operações de combate aos madeireiros vão continuar.
 Quem for encontrado no interior da Terra Indígena roubando o patrimônio
 da União será preso e perderá todos os seus equipamentos", disse Evaristo.
Além das ações de fiscalização, o Ibama atua no combate ao
 incêndio com 253 pessoas, três helicópteros e duas aeronaves.
 Neste fim de semana, o governo do Maranhão enviou outros
 dois helicópteros para auxiliar o trabalho.
 Coordenada pelo Centro Nacional de Prevenção e
 Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo),
 a Operação Awá tem o apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai),
 do Exército, do Ministério da Saúde,
 do Corpo de Bombeiros e do Grupo Tático Aéreo da Secretaria
 de Segurança do Estado. O representante da Funai,
 Renildo Carneiro Santos,
 destacou os prejuízos ao modo de vida e à organização social
 do povo Tenetehara, além da ameaça aos grupos Awá-Guajá,
 que vivem em isolamento voluntário no interior da reserva Arariboia.
O Documento de Origem Florestal (DOF)
 é uma licença obrigatória para o controle do transporte de
 produtos e subprodutos florestais de origem nativa, inclusive o
 seus eventuais subprodutos, da origem ao destino final.
carvão vegetal. Instituído pela Portaria n° 253,



Tiago Costa
Assessoria de Comunicação do Ibama
(61) 3316-1015





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