segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Bolsa Verde ajuda a proteger ararinhas-azuis










Ministério estuda ampliar o benefício para famílias
 que moram em áreas de preservação com espécies
 ameaçadas de extinção.

Por: Cristina Ávila e Luciene de Assis -
 Edição: Alethea Muniz
A nona reunião do Comitê Gestor do Programa Bolsa Verde,
 realizada na manhã desta sexta-feira (29/1), no Ministério do 
Meio Ambiente (MMA), em Brasília, aprovou a criação de um
 Grupo de Trabalho (GT) para estudar a proposta de incluir
 no Programa famílias em condições de extrema pobreza
 e que moram em áreas habitadas por animais ameaçados
 de extinção.
“Entre as áreas que o MMA pretende ter famílias
 beneficiadas está de Curaçá, onde será feita a soltura
 de ararinhas-azuis”, revela a diretora do Departamento de
Extrativismo do Ministério, Juliana Simões. Ela se refere ao
 município localizado na região norte da Bahia, local onde o
MMA criará uma área de preservação.
LIBERDADE
Naquela parte da Caatinga, o Instituto Chico Mendes de
 Conservação da Biodiversidade (ICMBio) iniciará uma
 fase de testes a partir de 2017. O objetivo é preparar o
 terreno e educar ambientalmente a população local
 para a soltura de aves. Até 2021, um grupo de 150 
ararinhas-azuis passará a viver ali em liberdade,
 numa área de preservação a ser criada.
Curaçá é o local de origem das ararinhas-azuis e
 não tem mais exemplares soltos na natureza
. A extinção se deu por conta de capturas ilegais,
 especialmente por causa do tráfico ilícito de
 animais silvestres. As aves a serem reintroduzidas 
em seu ambiente natural nasceram ou foram resgatadas
 de cativeiros.
RESPONSABILIDADE
A reintrodução dos animais no meio ambiente é iniciativa
 do Projeto Ararinha na Natureza, desenvolvido pelo ICMBio, 
órgão vinculado ao MMA, em parceria com a ONG alemã
 Associação para Conservação de Papagaios em Extinção
 (ACTP) e o Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP),
 um criadouro particular localizado no deserto do Catar,
 entre outros parceiros.
“O objetivo de inserirmos essas famílias no
 Bolsa Verde é torná-las parceiras na proteção dos
 animais ameaçados de extinção. É bom lembrar
 que o Bolsa Verde significa benefício, mas, também,
 responsabilidade com o meio ambiente”, acentua
 Juliana Simões.
A portaria de criação do GT deverá ser publicada
 em fevereiro, com os detalhes sobre o seu funcionamento.
 O grupo será constituído por representantes dos Ministérios
 do Meio Ambiente (MMA), do Desenvolvimento Agrário (MDA),
 e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS),
 além do ICMBio e do Instituto Nacional de
 Colonização e Reforma Agrária (Incra).
COMO FUNCIONA
O Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa
 Verde foi lançado em setembro de 2011. O propósito
 é repassar, a cada trimestre, R$ 300 às famílias em
 situação de extrema pobreza e que vivem em áreas
 consideradas prioritárias para conservação ambiental.
O benefício é concedido por um período de dois anos, 
com possibilidade de renovação. O objetivo é aliar o
 aumento de renda dessas populações à conservação
 dos ecossistemas e ao uso sustentável dos recursos 
naturais.

9ª Reunião do Comitê Gestor do Programa
 Bolsa Verde (Foto: Jorge Cardoso/MMA)

Matérias relacionadas:
Casal de ararinhas-azuis chega do Catar

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - 61 2028-1165

Nenhum comentário:

Postar um comentário