segunda-feira, 9 de julho de 2018

País realiza diálogo climático com a sociedade










Em 2 de agosto, Rio de Janeiro sedia edição brasileira
 do Diálogo Talanoa, iniciativa global para garantir avanços
 no combate à mudança do clima.

Brasília – A sociedade brasileira participará de uma rodada de 
discussões sobre as ações nacionais para conter a mudança do
 clima e os prejuízos associados, como secas e enchentes. 
Em 2 de agosto, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro
 sediará a edição brasileira do Diálogo Talanoa, uma plataforma
 internacional para incentivar as nações signatárias da Convenção
 do Clima a reforçar a ambição das ações para frear 
o aquecimento global.
Governo, sociedade civil, iniciativa privada e pesquisadores
 participarão do evento. "É um diálogo para a construção de
 consensos, sobre o que cada setor tem para contribuir
 positivamente", explica o secretário de Mudança do Clima 
e Florestas do MMA, Thiago Mendes. Os resultados do debate
 servirão para embasar a atuação brasileira na 24ª Conferência
 das Partes (COP 24) sobre mudança do clima, que ocorrerá
 em dezembro, na Polônia.
Ações que reforçam a liderança brasileira na agenda
 climática serão discutidas no encontro. Entre elas, 
estão o Programa de Conversão de Multas, que permite 
a aplicação de recursos em serviços ambientais, e a moratória da soja,
 um pacto entre governo e setor produtivo para impedir a 
comercialização do grão proveniente de áreas desmatadas da 
Amazônia. "São medidas que deram certo para motivar o país", 
afirma Thiago.
Os resultados brasileiros na agenda climática e o engajamento 
em medidas para aumentar a ambição do país, como a 
realização do Diálogo Talanoa, são avaliados como positivos
 pela comunidade internacional. Em viagem oficial do ministro 
do Meio Ambiente, Edson Duarte, à Europa na última semana,
 representantes dos governos da Bélgica, da Noruega e da 
Alemanha e da sociedade civil destacaram o protagonismo 
brasileiro na pauta ambiental.
EXPERIÊNCIAS
Uma das populações mais ameaçadas pela mudança do clima 
por conta do aumento do nível dos oceanos, os povos de Fiji 
cultivam um antigo hábito de contar histórias e trocar experiências, 
conhecido, entre eles, como Talanoa. Diante da vulnerabilidade
 do país formado por um conjunto de ilhas no Pacífico,
 o Governo de Fiji foi escolhido para presidir a última Conferência do Clima, 
a COP 23, que ocorreu em novembro de 2017, na Alemanha.
Na Conferência, a presidência fijiana introduziu o Diálogo 
Talanoa, inspirado na tradição ancestral de compartilhamento de 
experiências. A ideia é que cada país faça uma rodada de discussões
 sobre o assunto em ambiente doméstico até a COP 24, no fim do ano, 
quando o processo será concluído. Em declaração conjunta, 
o grupo BASIC - formado por Brasil, África do Sul, Índia e China - 
reiterou a intenção de realizar o Diálogo Talanoa em seus territórios.
A iniciativa busca estabilidade e inclusão voltada para o atingimento 
das metas para conter a mudança do clima. O Diálogo Talanoa
 foca o período que antecede o ano de 2020, quando começará 
a valer o Acordo de Paris, um pacto global para limitar o aumento 
da temperatura média global a bem abaixo de 2°C e o mais perto
 possível de 1.5°C. "É uma discussão ampla de ambição para
 a ação climática", resume o secretário Thiago Mendes.
SAIBA MAIS
Concluído em dezembro de 2015, na COP 21, o Acordo de
 Paris é um esforço mundial para "manter o aumento da temperatura
 média global bem abaixo dos 2 °C acima dos níveis pré-industriais 
e buscar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C". 
Para isso, cada país apresentou sua meta de corte de emissões,
 conhecida como Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).
A meta brasileira é reduzir 37% das emissões de gases de efeito
 estufa até 2025, com indicativo de cortar 43% até 2030 - ambos em
 comparação a 2005. Como forma de alcançar o objetivo, a NDC brasileira 
propõe, entre outras coisas, restaurar e reflorestar 12 milhões 
de hectares de florestas e aumentar a participação de bioenergia
 sustentável na matriz energética brasileira.

Por: Lucas Tolentino/ Ascom MMA
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)

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